Estava preparado para finalizar o artigo sobre o novo tipo de dado hierárquico do SQL Server 2008, quando ao tentar entrar no SQL Profiler recebi a mensagem indicando que o SQL 2008 CTP havia expirado (ainda não instalei o CTP de Fevereiro 2008 no notebook)! Como estou ministrando o curso 2784 (tuning de consultas), resolvi escrever sobre um recurso novo no SQL Server 2005, a cláusula INCLUDE do CREATE INDEX.
Vamos criar uma tabela a partir da VIEW vIndividualCustomer do banco de dados AdventureWorks para utilizar nos exemplos deste artigo.
use TEMPDB
go
select CustomerID,FirstName,MiddleName,Lastname,
Phone,EmailAddress,AddressLine1 as Address,'RJ' as Region,
dateadd(d,-CustomerID,getdate()) DataCadastro
into customer
from AdventureWorks.Sales.vIndividualCustomer
Quando criamos um índice nonclustered o SQL Server constrói uma Árvore B preenchendo todos os níveis (raiz, intermediário e folha) com as colunas que compõe e chave. Para atender a consulta abaixo, vamos criar um índice nonclustered com chave composta FirstName, LastName e Phone, evitando a necessidade de acessar a tabela:
create nonclustered index IXCustomer_FirstName on
Customer(FirstName,LastName,Phone)
Agora vamos executar a consulta abaixo, habilitando o plano de execução gráfico (menu query opção “Include actual execution plan”) e as estatísticas de I/O:
set statistics io on
go
select FirstName,LastName,Phone from Customer
where FirstName = 'David'
-- Table 'customer'. Scan count 1, logical reads 4
Veja no comentário do script que foram lidas quatro páginas para navegar no índice e retornar o resultado! A busca binária foi feita utilizando o filtro WHERE na coluna FirstName, já as colunas LastName e Phone serviram apenas para compor o resultado final. Para esta consulta, as colunas LastName e Phone não precisam estar no nível raiz e intermediário do índice, já que não foi feita pesquisa binária no índice com elas.
A partir do SQL Server 2005 você poderá reduzir I/O de consultas utilizando a cláusula INCLUDE, retirando as colunas que não serão utilizadas na busca binária do nível raiz e intermediário do índice, gerando um índice menor, com conseqüente melhora no desempenho. As colunas definidas na cláusula INCLUDE são acrescentadas ao nível folha do índice.
Vamos agora alterar o índice movendo as colunas LastName e Phone da chave para a cláusula INCLUDE:
create index IXCustomer_FirstName_LastName_Phone
on Customer(FirstName) INCLUDE (LastName,Phone)
with drop_existing
select FirstName,LastName,Phone from Customer
where FirstName = 'David'
-- Table 'customer'. Scan count 1, logical reads 2
Repare que o I/O da consulta foi reduzido pela metade!!!
Outra vantagem da cláusula INCLUDE é o limite de 1023 colunas, diferente da chave que contém um limite muito menor de 16 colunas ou 900 bytes! Alguns tipos de dados que não podem fazer parte da chave, como VARCHAR(MAX), mas podem compor o INCLUDE.
Ate o próximo post,
Landry.
Informações técnicas sobre SQL Server 2005, 2008, 2008 R2, 2012, 2014, 2016 e 2017
quinta-feira, 19 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Classificando as Transformações no Data Flow do Integration Service (SSIS)
Como não estou com o notebook que contém a VM de SQL Server 2008, não tenho como completar a série de artigos que fala sobre o tipo de dados hierárquico. Já que estou ministrando o curso 2795 sobre Design de ETL, vou escrever sobre o Integration Service (SSIS).
No DTS do SQL Server 2000 transformar dados significa escrever um VB Script executado linha a linha durante a importação, o que obviamente gerava sérios problemas de desempenho. Devido a esta limitação no DTS, para médios e grandes volumes de dados, se utilizava uma área intermediária chamada “Staging” dividindo o processo de importação em duas fases: Origem – Staging e Staging – Destino. Na primeira fase (Origem – Staging) carregavam-se os dados sem transformar, centralizando em uma única base intermediária no SQL Server destino. Na segunda fase (Staging – Destino) instruções T-SQL eram utilizadas para transformar os dados, obtendo melhor desempenho. Devido a esta prática muito comum no DTS, este não era classificado como uma ferramenta de ETL (Extract Transform Loan) e sim como ELT (Extract Loan Transform).
A área Data Flow representa a principal novidade no SSIS, onde construímos um fluxo de dados com objetivo de importar realizando transformações com desempenho, classificando o SSIS como uma real ferramenta de ETL. Mas para se obter o máximo de desempenho durante o Data Flow é fundamentar compreender alguns conceitos como buffers e a classificação das transformações.
No Data Flow Buffer é a coleção de colunas que flui de uma transformação para a próxima, sendo classificado como de entrada ou de saída:
- Source: contém apenas buffer de saída.
- Transformations: contém buffer de entrada e saída.
- Destination: contém apenas buffer de entrada.
As transformações podem ser classificadas de dois modos:
1) Síncrona X Assíncrona
Uma transformação é considerada Síncrona quando ela utiliza o mesmo buffer que a transformação anterior. Isto é possível porque o buffer de entrada e saída possui sempre a mesma quantidade de linhas. Já uma transformação Assíncrona possui buffer de entrada com quantidade de linhas diferente do buffer de saída, criando um novo buffer na sua saída.
Fica claro que transformações Síncronas proporcionam melhor desempenho e redução no consumo de recursos.
2) Sem Bloqueio, Semi Bloqueio e Com Bloqueio
Uma transformação Sem Bloqueio é aquela que não retém as linhas para executar o algoritmo, liberando a linha imediatamente. Como Exemplo a transformação “Derived Column” aplica o algoritmo linha a linha sem retenção.
Transformações de Semi Bloqueio retém parcialmente o fluxo devido a funcionalidade implementada pelo algoritmo. A transformação “Merge Join” é um exemplo de retenção parcial, pois implementa o algoritmo balance line para realizar o join de dois fluxos de dados.
Já as transformações Com Bloqueio retêm o fluxo todo, liberando as linhas no final da execução do algoritmo.
Segue abaixo tabela resumindo as principais características das transformações:
Um bom desempenho no Data Flow está diretamente relacionado ao uso de transformações Sem Bloqueio, além de evitar ao máximo as transformações de Semi Bloqueio e com Bloqueio. Segue abaixo a relação das tarefas:
Até o próximo post onde irei retomar a série dos novos tipos de dados.
Landry.
No DTS do SQL Server 2000 transformar dados significa escrever um VB Script executado linha a linha durante a importação, o que obviamente gerava sérios problemas de desempenho. Devido a esta limitação no DTS, para médios e grandes volumes de dados, se utilizava uma área intermediária chamada “Staging” dividindo o processo de importação em duas fases: Origem – Staging e Staging – Destino. Na primeira fase (Origem – Staging) carregavam-se os dados sem transformar, centralizando em uma única base intermediária no SQL Server destino. Na segunda fase (Staging – Destino) instruções T-SQL eram utilizadas para transformar os dados, obtendo melhor desempenho. Devido a esta prática muito comum no DTS, este não era classificado como uma ferramenta de ETL (Extract Transform Loan) e sim como ELT (Extract Loan Transform).
A área Data Flow representa a principal novidade no SSIS, onde construímos um fluxo de dados com objetivo de importar realizando transformações com desempenho, classificando o SSIS como uma real ferramenta de ETL. Mas para se obter o máximo de desempenho durante o Data Flow é fundamentar compreender alguns conceitos como buffers e a classificação das transformações.
No Data Flow Buffer é a coleção de colunas que flui de uma transformação para a próxima, sendo classificado como de entrada ou de saída:
- Source: contém apenas buffer de saída.
- Transformations: contém buffer de entrada e saída.
- Destination: contém apenas buffer de entrada.
As transformações podem ser classificadas de dois modos:
1) Síncrona X Assíncrona
Uma transformação é considerada Síncrona quando ela utiliza o mesmo buffer que a transformação anterior. Isto é possível porque o buffer de entrada e saída possui sempre a mesma quantidade de linhas. Já uma transformação Assíncrona possui buffer de entrada com quantidade de linhas diferente do buffer de saída, criando um novo buffer na sua saída.
Fica claro que transformações Síncronas proporcionam melhor desempenho e redução no consumo de recursos.
2) Sem Bloqueio, Semi Bloqueio e Com Bloqueio
Uma transformação Sem Bloqueio é aquela que não retém as linhas para executar o algoritmo, liberando a linha imediatamente. Como Exemplo a transformação “Derived Column” aplica o algoritmo linha a linha sem retenção.
Transformações de Semi Bloqueio retém parcialmente o fluxo devido a funcionalidade implementada pelo algoritmo. A transformação “Merge Join” é um exemplo de retenção parcial, pois implementa o algoritmo balance line para realizar o join de dois fluxos de dados.
Já as transformações Com Bloqueio retêm o fluxo todo, liberando as linhas no final da execução do algoritmo.
Segue abaixo tabela resumindo as principais características das transformações:
Um bom desempenho no Data Flow está diretamente relacionado ao uso de transformações Sem Bloqueio, além de evitar ao máximo as transformações de Semi Bloqueio e com Bloqueio. Segue abaixo a relação das tarefas:
Até o próximo post onde irei retomar a série dos novos tipos de dados.
Landry.
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